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Setembro verde: a importância da doação de órgãos, principalmente durante a pandemia

17 de setembro de 2020

A luta pela vida em uma fila de transplante de órgãos se tornou ainda mais difícil durante a pandemia da COVID-19. De acordo com o Ministério da Saúde, em julho deste ano eram 46 mil pessoas esperando por um transplante. Neste mesmo período no ano passado, eram 35 mil. Isso ocorreu devido ao fato de que possíveis doadores foram a óbito com suspeita de COVID ou com a doença confirmada, impossibilitando a doação de órgãos.

Campanhas como “Setembro Verde” ajudam a chamar a atenção para essa causa tão importante e que pode salvar vidas, mas que ainda é pouco falada. Infelizmente algumas famílias ainda não são adeptas à ideia de doação de órgãos por diversos motivos.

Ainda assim, de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 90% dos procedimentos de todo o país são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pela rede pública de saúde.

Como funciona a doação de órgãos

A doação de órgãos pode ser feita com a pessoa em vida. Nesse caso, pode ser qualquer pessoa saudável, que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial. O doador vivo pode doar parte do fígado, parte da medula óssea, parte do pulmão ou um dos rins, como foi o caso da advogada Graciete da Hora Rangel Freitas, cujo receptor foi seu próprio esposo.

Advogada Graciete e seu esposo.

De acordo com a advogada a vontade de ser doadora partiu da tristeza de ver o sofrimento do seu parceiro. “Ele fazia hemodiálise três vezes por semana, corria risco de morte, inclusive fiquei sabendo de casos de pessoas que morreram devido ao procedimento. Pensei: se há possibilidade de doar e vivermos bem, por que não doar?” Ela conta que no início o esposo não gostou muito da ideia porque achava que a doação poderia prejudicá-la, mas depois percebeu que não. Uma vez a decisão tomada, os dois foram em busca do melhor lugar para fazer o transplante.

“Foi em Curitiba que realizamos o procedimento. Depois de pesquisar, vimos que lá era referência para isso. Recebemos apoio de familiares e amigos, tanto pelo incentivo em palavras, quanto financeiramente, o que nos ajudou a custear todos os gastos”, relembrou Dra. Graciete. Lá, a advogada pôde conhecer outros doadores, que serviram de incentivo para ela seguir em frente na sua decisão.

Atualmente a advogada Graciete tem uma vida normal. O esposo ainda passa por outros problemas causados pelo diabetes, mas o rim foi bem aceito e não teve complicações, o que é motivo de muita felicidade para o casal. “Ganha mais quem doa do que quem recebe, pois não há nada melhor do que poder colaborar com o bem-estar do seu próximo. Quando nós ajudamos o outro, ajudamos mais a nós mesmos”, resumiu a advogada.

Doação de órgãos póstuma

Já a doação de órgãos de pessoa falecida, tem que ser de pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral), e precisa ser autorizada por um familiar. Por isso, é muito importante que, ainda em vida, a pessoa comunique à família seu desejo de doar órgãos. Se possível, até deixe isso registrado em documento oficial.

Mas para que a doação seja realizada, é preciso observar o tempo de isquemia de cada órgão. Trata-se da retirada de um órgão e transplante dele em outra pessoa, que é muito curto. O coração, por exemplo, tem apenas 4 horas para continuar batendo em outra pessoa; o pulmão, de 4 a 6 horas; e o rim, até 48 horas.

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